terça-feira, 6 de maio de 2014

Vítimas de bullying

Menino vítima de bullying é agredido com golpes de porrete.
Eduardo Schiavoni -Em Americana (SP)



Vítima de bullying - agressões verbais e psicológicas repetidas vezes, sem motivação evidente, um menino de 12 anos, aluno do 6º ano de escola municipal em Oswaldo Cruz, zona norte do Rio, foi espancado a golpes de porrete por um estudante da 8ª série, de 16 anos.
Por causa dos ferimentos nas costas, braço esquerdo, orelha direita e cabeça, o menino vomitou e sofreu tonturas por mais de quatro horas. Na terça, ele fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML). O suspeito das agressões vai depor nesta quarta na 30ª Delegacia de Polícia (Marechal Hermes), onde o caso foi registrado como lesão corporal. A pancadaria ocorreu a 150 m do colégio.
"Se as pessoas não interferem e tomam o porrete, acho que meu filho teria morrido ali", afirmou o pai do menino. "Enquanto um batia, outros quatro mandavam ele bater ainda mais", revelou a vítima. "Eles vieram por trás, puxaram minha mochila, por isso empurrei ele para me soltar. Foi quando ele pegou o porrete."
Conforme relatos, desde que entrou para a escola, o menino sofre por ser um dos calouros. Há dois meses, o pai pediu à direção que o transferisse para o turno da manhã. "Briguei com um garoto que não parava de dar tapa no meu rosto", disse o menino. "Cercamos ele de carinho, por isso não admitimos que seja vítima de violência, ainda mais no ambiente escolar", afirmou a mãe, que tem outros três filhos.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que o fato ocorreu fora das dependências da escola. "Ao tomar conhecimento do ocorrido, a direção encaminhou os estudantes de volta à escola e convocou os responsáveis para reunião. O aluno do 8º ano, acusado de agressão, mora com a avó e, de acordo com ela, será providenciada a sua transferência, pois ele voltou a viver com os pais na cidade em outra cidade.
Escola deve prevenir o bullying

O pediatra Lauro Monteiro Filho, especialista em bullying, disse que o problema deve ser prevenido e combatido pela escola. "Prevenir e combater o bullying é responsabilidade de toda a instituição e envolve funcionários, professores, diretoria, alunos e pais".
O médico também aconselha sobre como enfrentar este drama recorrente. "Não se resolve o bullying escolar na polícia ou na Justiça, que são as últimas instâncias a serem procuradas, se todo o resto falhou".

Aluna espancada em escola de Limeira sofre ameaça: "Pesadelo vai recomeçar".

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A jovem de 15 anos que foi espancada em uma escola estadual de Limeira, continua a receber ameaças. Segundo o pai da estudante, José Carlos Roque Júnior, a ameaça mais recente ocorreu na noite de domingo (20), quando uma ligação de número restrito, feita por uma voz feminina, avisou à adolescente que "o pesadelo vai recomeçar".
"Quando ela estava começando a se acalmar, a se recuperar, veio esse telefonema. Vamos novamente à polícia, mas acho que, como o número era restrito, vai ser mais complicado identificar a autoria", disse o pai da garota.
Roque Junior relatou, no entanto, que as ameaças começaram desde que a filha voltou para casa após receber tratamento médico. "Os colegas de escola vinham visitá-la e pediam que ela não voltasse, porque o grupo que fazia bullying com ela tinha dito que ela iria apanhar de novo", disse.
Segundo a família, a jovem não pretende voltar a estudar na instituição. Embora ainda não tenha sido transferida, a adolescente deve formalizar, nos próximos dias, o pedido para mudar de escola.
O caso
Investigação
A adolescente foi espancada por duas colegas de sala, com idades de 14 e 15 anos, na saída para o intervalo. A vítima sofreu traumatismo craniano por conta dos golpes. As acusadas também utilizaram uma tesoura para golpear a colega de classe. A ação foi filmada e as imagens utilizadas para identificar as autoras. Segundo o pai, a menina era vítima de bullying por parte das amigas por ser muito bonita.
O caso foi registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que solicitou que as duas agressoras fossem enviadas à Fundação Casa.  A Justiça acatou o pedido e as duas foram enviadas a uma unidade na capital. Uma das menores, que não tinha passagens anteriores, foi liberada. A outra, de 14 anos, que já tinha passagem por lesão corporal, segue apreendida. Ambas serão ouvidas pelo judiciário no dia 20 de maio.

A delegada Andréa Rachid Arnosti, responsável pela DDM, que investigou o caso, afirmou que a investigação foi concluída e o caso agora está com o judiciário. Já a juíza da Vara da Infância ainda não se pronunciou sobre o caso, que deve correr sob segredo de Justiça por envolver menores de 18 anos, mas confirmou que a menor que está apreendida deve ser ouvida na cidade em 20 de maio. Até lá, continuará detida em uma unidade da Fundação Casa em São Paulo.
A Secretaria Estadual da Educação informou, em nota, que a apuração preliminar sobre o caso está em curso e que funcionários e alunos são ouvidos para que sejam averiguadas as responsabilidades. "Além disso, uma das agressoras será transferida para uma outra unidade de ensino, de acordo com definição do Conselho de Escola, formado por corpo escolar e comunidade. A Diretoria de Ensino está em contato constante com a mãe e continuará a fazer um trabalho de acompanhamento da aluna", informou.

O que é bullying?

O que é bullying?

O que é? A palavra inglesa bullying, que ainda não tem uma definição única em português, se refere a atitudes ameaçadoras que afetam, principalmente, crianças e adolescentes.



Pode ser agressão física... bullying acontece, em muitos casos, por meio de agressões físicas, de atos praticados que ferem fisicamente, como: chutes, empurrões, brincadeiras que machucam.

Mas também pode ser verbal... 
Existem atitudes que machucam e magoam tanto quanto as agressões físicas: as chamadas de agressão verbal. Esta consiste em ameaçar ou intimidar alguém; humilhar por qualquer motivo; excluir; discriminar por cor, raça ou sexo; falar mal sem motivos, etc. Agressões verbais são mais comuns do que agressões físicas e, na escola, elas ocorrem com bastante frequência. Em muitos casos, as vítimas se sentem envergonhadas ou inseguras em denunciar.
É muito importante compreender como ocorrem as práticas de bullying, seja na escola ou em qualquer lugar que frequentamos. Saber mais sobre o assunto ajuda a identificar as situações para que possamos denunciá-las.

Como saber se estou envolvido com bullying? Todos nós podemos nos envolver com práticas de bullying, mesmo contra nossa vontade. Neste caso, podemos ser os agressores, as vítimas ou as testemunhas. Entenda um pouco mais sobre o perfil de cada um:


O agressor
É a pessoa que pratica bullying e normalmente, quer ser visto como o "popular" pelos colegas da escola. Em muitos casos, se sente poderoso e satisfeito em provocar o sofrimento do outro. No filme Bullying: provocações sem limites, Nacho é um típico agressor, ele provoca e maltrata Jordi sem motivo algum, assista a um trecho do filme.


A vítima
É muito comum que vítimas de bullying não reconheçam que sofrem esse tipo de agressão. Não há uma regra, mas na maioria dos casos, as vítimas tendem a ser mais frágeis que o agressor e, de forma geral, possuem características que os diferenciam da maioria de seus colegas de turma, o que pode motivar ainda mais a prática de bullying.

As testemunhas
Todos nós podemos testemunhar práticas de bullying. De forma geral, elas são as pessoas que convivem com a violência ou que presenciam ações de violência, física ou verbal.


Faça parte da mudança! Pequenas atitudes que podem ser valiosas:
Na escola ou em outro ambiente, informe a um adulto responsável sobre qualquer situação de bullying que você tenha testemunhado;
Se seu amigo sofre bullying, tente convencê-lo a procurar ajuda e faça-o se sentir mais à vontade no grupo.