A Turma da Mônica e a geração do Bullying
Por Adriano Berger – @nanoberger
Esses
dias, tenho perdido o sono com pensamentos, e entre eles, surgiu o seguinte: o
crescimento desta doença social que chamamos de bullying não está diretamente
relacionado às influências que temos recebido desde a infância?
Será
que os amigos leitores já prestaram atenção no conteúdo dos gibis e desenhos
animados que temos lido e assistido? A Turma da Mônica, por exemplo, é bullying
do início ao fim!
O
que é este menino Cebolinha? É alguém completamente atípico para sua idade, com
aquela sede de poder, buscando “conquistar a rua”, cujo mandato parece
pertencer à Mônica. E, assim, utiliza-se de um método pouco apreciado pela
sociedade, abusando de ofensas verbais relacionadas a aspectos físicos da
menina, que podem perfeitamente provocar-lhe complexos para o resto da vida:
baixinha, dentuça e gorducha.
Aliás,
o nome dos personagens também está associado a apelidos relacionados a aspectos
físicos e pessoais: Cebolinha, pois sua cabeça parece uma cebola; Cascão, o
garoto que gosta de sujeira, e assim por diante…
O que ganhamos com esse tipo de influência? Nada. Ao contrário, uma criança pode espelhar-se nos gibis e praticar com os amigos o que aprende por meio das leituras. É aí que surgem o Cabeção, o Orelha, o Dentuço, o Pé Grande, o Branquelo, etc. Alguns deles não administram bem os apelidos, tornando-se crianças excluídas, inseguras, tímidas, anti-sociais e, por fim, vítimas de bullying.
O que ganhamos com esse tipo de influência? Nada. Ao contrário, uma criança pode espelhar-se nos gibis e praticar com os amigos o que aprende por meio das leituras. É aí que surgem o Cabeção, o Orelha, o Dentuço, o Pé Grande, o Branquelo, etc. Alguns deles não administram bem os apelidos, tornando-se crianças excluídas, inseguras, tímidas, anti-sociais e, por fim, vítimas de bullying.
Pode
parecer uma grande bobagem de minha cabeça, mas acredito que certos valores são
plantados desde a infância, em que a criança recebe todo tipo de informação e
influência como verdadeira esponja, sem o discernimento de diferenciar o certo
do errado ou medir a conseqüência de seus atos.
Por
isso, acho de fundamental importância que se estabeleça em casa a censura
educativa, buscando evitar o contato das crianças com cenas negativas ou
prejudiciais ao amadurecimento comportamental e social, já que a criança vê e
imita. A responsabilidade sobre o que essa turma aprende é dos adultos.
Se
observarmos bem, poderemos perceber que a mídia também ofereceu sua
contribuição para a formação dos perfis das diferentes gerações. Sabendo disso,
está em nossas mãos promover uma geração justa e uma sociedade melhor
no futuro.