Bullying Escolar
A prática de atos agressivos e humilhantes de um grupo de estudantes
contra um colega, sem motivo aparente é conhecida mundialmente como bullying e
bully significa brigão, valentão. O Bullying é um problema mundial, sendo
encontrado em toda e qualquer escola. Os que praticam o Bullying têm grande
perspectiva de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e violentos,
podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delituosas ou delinquentes.
Os
alunos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o Bullying,
tanto como autores quanto como alvos. Já entre as alunas, embora com menor
freqüência, o Bullying também ocorre e se distingue, principalmente, como
método de exclusão ou difamação. Até um apelido pode causar desmoronamento na
auto estima de uma criança ou adolescente. Apesar de não sofrerem diretamente
as agressões, poderão ficar aborrecidas com o que vêem e indecisas sobre o que
fazer. Tudo isso pode influenciar de maneira negativa sobre sua competência de
adiantar-se acadêmica e socialmente. O Bullying escolar é assim classificado:
alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem Bullying; alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora
sofrem, ora praticam Bullying; autores de Bullying - são os alunos que só
praticam Bullying; testemunhas de Bullying - são os alunos que não
sofrem nem praticam Bullying, mas coexistem em um ambiente onde isso acontece.
Quando
não há intervenções eficazes contra o Bullying o espaço escolar torna-se
totalmente corrompido. Todas as crianças, são afetadas, passando a experimentar
sentimentos de ansiedade e medo. Os alunos que sofrem Bullying, dependendo de
suas características individuais e dos meios em que vivem, principalmente os
familiares, poderão não ultrapassar os traumas sofridos na escola. Poderão
quando adultos apresentar sentimentos negativos, especialmente com baixa auto
estima, tornando-se indivíduos com sérios problemas de relacionamento. Poderão
adquirir, também, um comportamento hostil.
A
prática de bullying começou a ser pesquisada há cerca de dez anos atrás na
Europa, quando descobriram que essa forma de violência estava por trás de
muitas tentativas de suicídios de adolescentes. No Reino Unido, por decisão
governamental, hoje todas as escolas já implantaram políticas antibullying.
O
médico Aramis Lopes Neto, coordenador da pesquisa da ABRAPIA (Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência) diz: “Trata-se de um
problema complexo e de causas múltiplas. Portanto, cada escola deve desenvolver
sua própria estratégia para reduzi-lo. A única maneira de se combater o
bullying é através da cooperação de todos os envolvidos: professores,
funcionários, alunos e pais. As medidas tomadas pela escola para o controle do
Bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão
positivamente para a formação de costumes de não violência na sociedade”.
Fonte de referência: ABRAPIA
Autora: Amelia Hamze
Profª FEB/CETEC e FISO http://www.chegadebullying.com.br/
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